Livros

Livros em português sobre cepticismo e divulgação científica.

Um Mundo Infestado de Demónios – A ciência como uma luz na escuridão

Autor: Carl Sagan

Colecção: Obras de Carl Sagan

Editora: Gradiva

Ano: 2012

Estaremos no limiar de uma nova era de obscurantismo e superstição? Ao longo destas páginas, Carl Sagan explica-nos a razão por que o pensamento científico é essencial e desmonta alguns dos mais populares mitos e pretensões da pseudociência, ao mesmo tempo que refuta convincentemente o argumento de que a ciência destrói a espiritualidade.Recorrendo a um manancial de referências históricas e culturais, assim como à sua vivência pessoal, Sagan demonstra com enorme clareza e rigor que a tentação da irracionalidade é não apenas um erro cultural crasso como um salto perigoso para a escuridão, que põe em risco as nossas liberdades mais básicas.

«Ao fechar este livro extraordinário, recordo o capítulo final de uma das primeiras obras de Sagan: Cosmos. «Quem responde pela Terra?» é uma pergunta retórica, mas pretendo responder-lhe. O meu candidato a embaixador planetário não pode ser outro senão o próprio Carl Sagan. Sagan é inteligente, compassivo, espirituoso, culto e incapaz de escrever uma frase aborrecida. Quem me dera ter sido eu a escrever Um Mundo Infestado de Demónios! Não o tendo feito, o mínimo que posso fazer agora é aconselhá-lo vivamente aos meus amigos. Por favor, leiam este livro!»

Richard Dawkins, The Times

«Apaixonante. Uma defesa arrebatadora da racionalidade informada, numa escrita elegante recheada de dados surpreendentes.»

The Washington Post Book World

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Pipocas com Telemóvel e outras histórias de falsa ciência

Autores: Carlos Fiolhais e David Marçal

Colecção: Ciência Aberta

Editora: Gradiva

Ano: 2012

Recensão: Comcept

A falsa ciência que circula na internet, nos media, que se vê no supermercado e até – pasme-se! – na escola; a falsa ciência na saúde e a falsa ciência na própria ciência. Num livro bem-humorado e muito esclarecedor, os autores desmontam alguns «factos» pseudocientíficos que se construíram e alimentam no nosso quotidiano. Como eles próprios afirmam, «se a ciência pode ser divertida, a pseudociência é garantidamente muito divertida». Uma leitura informativa que expõe os logros mais actuais. Este livro conta histórias de falsa ciência. Abundam as aldrabices científicas na Internet, de que o vídeo que mostrava milho a transformar-se em pipocas devido à radiação de telemóveis é um bom exemplo. Também há muitas tretas nos media, a começar logo pelos horóscopos. As prateleiras de supermercado estão recheadas de falsas promessas de medicina preventiva, das quais o escândalo do «iogurtegate» é uma das mais delirantes. Mas, pasme-se, a falsa ciência também é praticada e ensinada nalgumas escolas. E está bem mais presente do que julga na saúde. Nem as revistas científicas e as universidades escapam, pois também aí se encontra uma boa colecção de fraudes que mais cedo ou mais tarde acabam por ser descobertas. Não há lugares seguros. A única segurança terá de estar no leitor: uma atitude crítica poderá evitar-lhe contratempos e poupar dinheiro. Lembre-se de que a ciência assenta na observação, na experiência e na correcção de erros, e não nas palavras de pretensas autoridades que nunca aceitam ser corrigidas. Não se deixe enganar!

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Pseudociência

Autor: David Marçal

Colecção: Ensaios da Fundação

Editora: Fundação Francisco Manuel dos Santos

Ano: 2014

Enquanto a ciência tiver credibilidade, haverá sempre quem queira vender as suas ideias, produtos e serviços, alegando que estes têm validade científica, sem que isso seja verdade. A pseudociência está por todo o lado e recorre a um conjunto de estratégias reconhecíveis, na tentativa de se validar. Neste ensaio são apresentadas algumas dessas estratégias, como o uso abusivo de linguagem aparentemente científica e a evocação de figuras de autoridade (tais como especialistas e médicos). A ciência não se baseia em nada disso, mas sim em provas, passíveis de confirmação. São propostas algumas ferramentas para ajudar a distinguir ciência de pseudociência, mas o único antídoto para a pseudociência é a cultura científica.

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Ciência ou Vodu – Da insensatez à fraude

Autor: Robert Park

Colecção: Máquina do Mundo

Editora: Bizâncio

Ano: 2002

O que pode começar como um erro honesto, pode evoluir da auto-ilusão para a fraude. Como Robert Park sublinha, a linha entre a insensatez e fraude é ténue e, como nem sempre é fácil traçá-la, quando é ultrapassada, usa o termo ciência vodu para as designar a todas: ciência patológica, ciência disparatada, pseudociência e ciência fraudulenta. O objectivo deste livro é ajudar o leitor a reconhecer a ciência vodu e perceber as forças que conspiram para a manter viva. O livro de Robert Park mostra aos leitores sem uma cultura científica como trabalha a mente de um cientista – o que é a «lei» científica, como se testam as teorias experimentais e o que, em particular, os físicos na verdade sabem.

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Ciência da Treta

Autor: Ben Goldacre

Colecção: Máquina do Mundo

Editora: Bizâncio

Ano: 2009

Como sabemos se um tratamento é eficaz? Como podemos descobrir o que causa o cancro? Pode a homeopatia ser tão verdadeira – ou tão interessante – como o efeito placebo? Os jornalistas sabem, de facto, ciência? Porque procuramos explicações científicas para problemas sociais, pessoais e políticos? Será verdadeira a base «científica» dos cosméticos que nos prometem milagres? Serão assim tão diferentes as medicinas alternativas e as empresas farmacêuticas ou será que todas usam os mesmos velhos truques para vender os seus produtos? A informação científica sem qualquer rigor, contraditória e confusa está por todo o lado. Mas eis que Ben Goldacre nos traz uma arma poderosa: com mestria ímpar, desmonta a obscura «ciência» que suporta alguns dos grandes testes farmacêuticos, a essência dos cosméticos milagrosos, e tantas outras maravilhas da ciência que nos são reveladas todos os dias. Mas vai mais longe, dissecando muita «treta» dá-nos as ferramentas para podermos detectar por nós mesmos, sem hesitações, a falsa ciência.

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Previsivelmente Irracional

Autor: Dan Ariely

Colecção: Psicologia

Editora: Estrela Polar

Ano: 2009

Porque é que as pessoas inteligentes tomam decisões irracionais todos os dias? As respostas vão surpreendê-lo.Se alguma vez já se deixou aliciar por um brinde grátis ou estabeleceu para si mesmo um prazo que não tem hipóteses de cumprir, este livro divertido e fascinante vai explicar-lhe porquê. Numa série de experiências inovadoras, o economista comportamental Dan Ariely demonstra como as nossas expectativas, emoções, normas sociais e outras forças invisíveis e aparentemente ilógicas, distorcem a nossa capacidade de raciocínio. Não só cometemos erros espantosamente simples todos os dias, como os repetimos constantemente. Não compreendemos os efeitos profundos que as emoções têm naquilo que desejamos e sobrevalorizamos o que já temos. Estes comportamentos desorientados não são aleatórios nem desprovidos de sentido, mas sistemáticos e previsíveis. Desde pagar um café a perder peso, ou desde a compra de um carro à escolha de um parceiro romântico, o autor explica como nos podemos libertar destes padrões sistemáticos de raciocínio e tomar melhores decisões. Previsivelmente Irracional não é apenas uma leitura fascinante. Tem o poder de mudar a forma como interagimos com o mundo, com uma decisão pequena de cada vez.

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Decompondo O Arco-Íris

Autor: Richard Dawkins

Colecção: Ciência Aberta

Editora: Gradiva

Ano: 2000

A compreensão científica diminuirá a nossa sensibilidade ao carácter especial da vida? Talvez um cientista entenda o mecanismo da natureza. E a sua beleza? Newton pegou num prisma para criar um arco-íris artificial, assim revelando o espectro colorido escondido na luz branca; será que, a partir desse momento, a poesia do arco-íris se viu para sempre reduzida? Richard Dawkins responde com um apaixonado “não”, não apenas em relação ao arco-íris mas também em relação a toda a natureza. Dawkins prova que o desejo do belo não deve desviar-nos da procura da verdade. Quer na análise da luz das estrelas, quer no estudo do som das ondas, das pegadas animais ou do ADN humano, os mundos aparentemente miraculosos que a ciência continua a revelar deveriam inspirar e não minar a imaginação poética. Este é o primeiro livro de Richard Dawkins que se afasta do objectivo específico de explicar a evolução. Elegante, engenhoso e muitas vezes tocante, Decompondo o Arco-Íris, porventura o seu livro mais pessoal, é uma defesa inspiradora da imaginação científica, tão interessante e motivador quanto intemporal e importante.

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Por que Acreditam as Pessoas em Coisas Estranhas – Pseudociência, superstições e outras confusões do nosso tempo

Autor: Michael Shermer

Editora: Replicação

Ano: 2003

Recensão: Comcept

Uma homenagem ao espírito científico. O historiador de ciência Michael Shermer desmascara as superstições e preconceitos populares (agora em moda). Também revela o lado perigoso das crenças não baseadas em factos, incluindo a contestação do Holocausto, o esforço para incluir o criacionismo nos programas (nos E.U.A.), o movimento da memória recuperada, o afrocentrismo extremo e ideologias de superioridade racial.
No prefácio, Stephen J. Gould apoia o autor, narrando situações dramáticas vividas pessoalmente.
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Manipulação do Genoma

Autores: Roberto Salema e Isabel Santos

Editora: Porto Editora

Ano: 2012

A Biologia Moderna, surgida há poucas décadas, abriu um manancial de realizações que se expandiram fulgurantemente por campos que originaram temores e produziram radicalismos na sociedade, nomeadamente as intervenções na constituição genética de seres vivos, desde os vírus ao Homem. Uma apreciação serena daquilo que tem sido feito, das precauções correntemente tomadas, das avaliações constantes, pode concorrer para o esclarecimento fundamentado e para a criação de juízos destituídos de preconceitos e emoção, originando uma atitude inteligente, tipicamente marcada por tolerância e respeito pelos outros. Nestas páginas são apresentados factos, controvérsias e ideias sobre a alteração do genoma, realizações práticas, usos já correntes e preocupações que têm surgido na sociedade, assim como possíveis novas avenidas de estudo e de novas criações, em leitura acessível e mostrando, ainda, cronologia ligada a muitos dos importantes avanços desta aliciante e tão discutida área do saber. Os leitores ficarão a conhecer os princípios das tecnologias usadas para obtenção de Organismos Geneticamente Modificados, bem como aquelas que são usadas na melhoria de animais e plantas pelos métodos clássicos, podendo enriquecer os fundamentos para uma apreciação pessoal da matéria.

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Farmacêuticas da Treta

Autor: Ben Goldacre

Colecção: Máquina do Mundo

Editora: Bizâncio

Ano: 2013

Recensão: Comcept

A medicina anda pelas ruas da amargura. Enquanto os doentes confiam na segurança e regulação dos medicamentos, e os médicos tentam receitar a terapêutica mais eficaz, a indústria farmacêutica global é um negócio de 600 mil milhões de dólares onde reina a corrupção e a ganância. Tanto os médicos como os doentes necessitam de boas provas científicas para tomarem decisões informadas. Mas as empresas efectuam ensaios enviesados dos seus fármacos, distorcendo e exagerando os resultados. Os dados inconvenientes são simplesmente enterrados. Os organismos governamentais de regulação ocultam informações vitais. Grupos aparentemente independentes de médicos e doentes são financiados pela indústria, num mundo louco onde, neste momento, há médicos e enfermeiros a receberem formação ministrada pela indústria farmacêutica. O resultado de tudo isto é inevitável: há doentes – e em grande número – desnecessariamente prejudicados.

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Relojoeiro cego

O Relojoeiro Cego

Autor: Richard Dawkins

Colecção: Ciência Aberta

Editora: Gradiva

Ano: 2007

Um livro brilhante e controverso que demonstra que a evolução através da selecção natural – o processo inconsciente, automático, cego e vitalmente não-aleatório descoberto por Darwin – constitui a única resposta à maior questão de todas: porque é que existimos? No título, Dawkins faz referência à analogia do relojoeiro, tornada famosa pelo teólogo oitocentista William Paley, na sua obra Natural Theology. Paley, que escreveu o livro mais de cinquenta anos antes de Charles Darwin ter publicado A Origem das Espécies, afirmava que a complexidade dos organismos vivos constituía prova da existência de um criador divino, estabelecendo um paralelismo com a forma como a existência de um relógio obriga a aceitar a existência de um relojoeiro inteligente. Dawkins, tendo em conta os processos que subjazem a selecção natural, afirma que, nesse caso, o relojoeiro terá de ser cego.

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O Espectáculo da Vida – A Prova da Evolução

Autor: Richard Dawkins

Editora: Casa das Letras

Ano: 2009

A evolução é um facto que não suscita dúvidas razoáveis, dúvidas sérias, dúvidas inteligentes, informadas e saudáveis. Não há dúvida de que a evolução é um facto. As provas da evolução são pelo menos tão fortes como as do Holocausto, mesmo considerando a existência de testemunhas oculares deste último. É uma verdade inquestionável que somos primos dos chimpanzés, primos mais distantes dos macacos, primos ainda mais afastados dos papa-formigas e manatins, primos ainda mais distantes das bananas e dos nabos… a lista poderia continuar para sempre. Ora isto não tem de ser verdade. Não se trata de uma verdade evidente, tautológica, óbvia e houve tempos em que a maior parte das pessoas, mesmo as instruídas, pensava que não era. Não tem de ser verdade, mas é. Sabemos isso porque uma vaga crescente de provas o confirma. A evolução é um facto e este livro demonstrá-lo-á. Nenhum cientista respeitável o discute e nenhum leitor imparcial concluirá este livro com dúvidas a esse respeito.

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A Evolução Culminou no Homem? – Progresso, Contingências, Catástrofes e Extraterrestres

Autor: Teresa Avelar

Editora: Bertrand Editora

Ano: 2010

A noção de progresso, no sentido de uma mudança direccional conduzindo a um estado que se assume ser «melhor», influencia profundamente o pensamento contemporâneo, a ponto de se pensar frequentemente que não só existe progresso cultural e tecnológico como progresso ao nível biológico: ou seja, que a evolução tem levado os seres vivos a progredir ao longo do tempo. Esse progresso culmina em nós, seres humanos, que somos «evidentemente» a espécie mais «evoluída» que existe. […] Melhores do que nós só eventuais inteligências extraterrestres (visto que outros tipos de seres «superiores», como anjos ou deuses, já não são do domínio científico). Quantas vezes vimos a nossa evolução representada como uma série de macacos cada vez mais «evoluídos» e verticais, até vermos um homem (é praticamente sempre um indivíduo do sexo masculino) a caminhar, de modo quase heróico, em direcção ao futuro? De facto, é difícil ter uma ideia mais errada do que esta relativamente ao processo evolutivo. Mas a crença na existência objectiva de progresso ao nível dos fenómenos e processos biológicos é extraordinariamente persistente. […] É essa ideia de progresso inevitável, «garantido» pelos processos biológicos, que vamos discutir neste livro.

– Excerto da Introdução

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Como Mentir Com a Estatística

Autor: Darrell Huff

Colecção: Ciência Aberta

Editora: Gradiva

Ano: 2013

Com um prefácio de Dinis Pestana, Professor de Estatística da Universidade de Lisboa – «Mentiras, Mentiras do Caraças e Estatística»

Hoje como ontem a estatística continua a ser levianamente evocada por tudo e por nada, numa e noutra área (na política, na economia, na publicidade, etc.), a propósito e a despropósito, muitas vezes para justificar o injustificável. E só um cidadão com cultura científica, um cidadão que leia este e outros livros da colecção «Ciência Aberta», pode estar prevenido para os erros e abusos cometidos em nome da ciência. No Ano Internacional da Estatística a Gradiva orgulha-se de publicar este livro de Darrell Huff, enriquecido pelo tão sábio como divertido prefácio de Dinis Pestana, professor de Estatística da Universidade de Lisboa.

Depois de o ler, o leitor não mais vai olhar para um inquérito ou para uma média da mesma maneira!

– Carlos Fiolhais